Desde que lançou "The Resistance" no ano passado, o Muse segue passeando pelo mundo com agenda cheia, mas nem todos seus shows funcionam tão bem quanto a apresentação que os ingleses fizeram neste sábado (17) no palco principal do Coachella Festival, em Indio.
A céu aberto, o Muse transpôs para o palco a característica grandiosa, progressiva, sinfônica e épica do álbum, que foi recebido como pretensioso por alguns, por causa de suas muitas referências, principalmente a Queen e à música clássica.
"Uprising", do recente disco, veio em primeiro lugar, provando que as novas composições do Muse são prontas para serem ouvidas em estádios. A sequência do repertório montado pela banda é tão redonda que faixas mais antigas, como "Supermassive Black Hole" ou "New Born", encaixam certeiras.
Nos 90 minutos que estiveram no palco, um dos grandes momentos do show foi quando "Feeling Good" --sucesso na voz de Nina Simone, que o Muse regravou em 2001-- foi executada ao piano por Matt Bellamy. A apresentação teve ainda menções à "The Star Spangled Banner" (Jimi Hendrix) e "School" (Nirvana), além do hino instrumental "The Star Spangled Banner", laser e chuvas e fogos no palco, e encerramento com "Knights of Cydonia".