Tomar polisuco pode ser uma importante arma de sobrevivência em "Harry Potter". Mas tanto no mundo mágico quanto no mundo dos trouxas os efeitos podem ser inusitados. Daniel Radcliffe que o diga. Alvo de brincadeiras nos bastidores de "Relíquias da Morte", ele se defende das "acusações" de que usou trajes de garota diante das câmeras - mais especificamente, as roupas de Fleur (Clemence Poesy). "Não era um vestido, era um casaco e um sutiã", brinca o ator, sorrindo, durante uma entrevista concedida nos estudios Leveasden, a cerca de uma hora de Londres. Com ar agitado, Radcliffe esbanja simpatia ao mesmo tempo em que tenta conter a ansiedade após gravar uma das cenas do filme, que terá duas partes, a primeira a ser lançada em novembro deste ano.
Mesmo que seja usada em momentos sombrios, a poção acaba sendo um alívio cômico em alguns momentos. Nos estúdios, o UOL Cinema acompanhou uma cena do primeiro "Relíquias da Morte", que envolve Harry, Hermione e Rony depois de goles de polisuco. Nos lugares de Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, aparecem nas telas os atores Sophie Thompson, David O’Hara e Steffan Rhodri. Trata-se da transformação dos três amigos em funcionários do Ministério da Magia, num momento tenso de espionagem. Nos corredores do Ministério, os personagens são cumprimentados pelos colegas de trabalho e Rony acaba descobrindo, nas entrelinhas, que tem uma mulher em perigo e terá que bancar o marido. Por ora, as gravacões de cenas da primeira e da segunda parte de "Relíquias da Morte" (esta última prevista para estrear em 2011) continuam a todo vapor. Ambas chegarão às telas também em 3D.
A julgar pelo sétimo livro de J. K. Rowling, os fãs podem se preparar para momentos tensos e várias doses de polisuco, a poção que faz o mágico se transformar em outra pessoa. Na cena em que Radcliffe usa vestidos de mulher, por exemplo, Fleur assume a forma de Harry Potter para ajudá-lo numa fuga que envolve outros Potters - "encarnados" por outros amigos - e continua, sem querer, com suas próprias roupas. Mas, nas gravações, o processo funciona diferente da descrição de Rowling no livro. No caso, é o proprio ator, alvo da transformação, que aparece em cena e tenta incorporar os trejeitos dos atores que assumem suas formas na história. Complicado? Para Radcliffe, foi mais difícil do que ele esperava. "Primeiro, nós filmamos a cena com todos eles. Eu assisti e fiz o meu melhor para imitá-los", conta.
Fonte:Uol